domingo, 4 de setembro de 2011

DIVINO MUNDANO


DIVINO MUNDANO


A gastronomia me da uma liberdade de criação como um artista plástico em sua tela, a escolha vem quase aleatória, gosto de usar o que tenho em mãos para inventar algo que me surpreenda e aos outros principalmente.
As misturas podem vir com ingredientes tão simples, tão comuns, e ao mesmo tempo com outros tão especificamente regionais e culturais.




Pensei num arroz carreteiro para um jantar, mas tudo na receita original me remetia a alimentos que deveriam ser carregados praticamente sem geladeira, rústicos, afinal era comida de quem viaja por ai sem a preocupação de muito pré preparo.
Teria que ser algo que não fugisse muito desse conceito de praticidade por isso pensei na carne de sol, e no queijo de coalho, que você pode levá-los em qualquer lugar por um tempo, sem que se estrague.
Eu sei que arroz carreteiro qualquer caminhoneiro (sem preconceito algum) faz em suas viagens pelo Brasil, por isso, troquei alguns ingredientes para que meu jantar tivesse um pouco de sofisticação e ninguém tivesse que comer agachado ou em marmitinhas de alumínio.
Resolvi usar arroz integral, e melhor, usei o 7 grãos onde alem do arroz cateto, há também, arroz selvagem, trigo, aveia, e outros grãos que me deram a saudável combinação nutricional.
Os outros elementos dessa receita eu fui ao tradicional, porem usei um tanto de cogumelos, que eu tinha aqui na despensa, sem querer abusar nem desperdiçar.
Então passo lhes um ARROZ CARRETEIRO INTEGRAL, sem culpa de nada, preservando o lado cultural do prato, no entanto mostrando que posso criar sobre qualquer maneira de cozer, em qualquer idéia que existir sobre comida.

Primeiro cozinhei o arroz 7 grãos em panela de pressão por 10 minutos, não esperei que secasse por querer usar o mesmo liquido, de água e sal.
Em outra panela refoguei, na manteiga e azeite, cebola, alho, a carne de sol já de molhada e dessalgada, os cogumelos, tomates picados e os temperos desidratados com as especiarias, nesse caso usei cominho, páprica e uma mistura de ervas secas.


Depois de tudo amalgamado, juntei o arroz cozido, o queijo de coalho e todas as ervas frescas, manjericão, muito coentro, salsa e cebolinha, e nessa mistura um pouquinho de pimenta vermelha.



Como não seria diferente, deixei no fogo ate secar o liquido do arroz, abafei a panela e deixei esfriar um pouco para montar um prato legal, combinei tudo com mais azeite e um pedaço de limão que me rendeu elogios pela fusão de acidez e frescor para comer um prato tão rústico.




A montagem ate que ficou bacaninha.
Só faltou mesmo um caminhoneiro para criticar meu prato e claro, lavar a louça suja. 

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