sábado, 10 de setembro de 2011

Pão ébrio...

Pão preto de cebola e linhaça.

Gosto do rústico, do simples, do inusitado e sedutor cheiro do pão saindo do forno a lenha.
Claro que hoje em dia fica muito difícil achar alguém que não goste dessas simplórias e bucólicas lembranças a não ser quem nunca as teve.
E fazer pão para mim me da uma sensação de prazer em criar, ver o crescimento, uma imagem de vida.
Em outra postagem já passei a base do pão, então só vou trocar alguns ingredientes básicos.
Começo fazendo uma esponja com fermento biológico (tanto faz o seco ou fresco), usei uma colher bem cheia de banha de porco, uma colher de açúcar mascavo, duas colheres de farinha de trigo branca, uma garrafinha de cerveja preta de 600ml, que levei para amornar, uma colher de sal, dois ovos caipiras, e uma xícara de linhaça.


Deixei dobrar de volume e comecei a dar o ponto com farinha de trigo integral.
Depois de sovado, deixei dobrar de volume em um bowl coberto com filme plástico ao sol.
Sovei novamente e deixei crescer mais uma vez.
Agora começa a modelagem do pão, você pode rechear com alguma coisa, por exemplo lingüiça caipira fresca, torresmo, bacon, eu usei uma cebola cortada bem fininha e refogada na banha com ervas e alho, ate ficar na cor caramelo.





Monte seu pão, da maneira que achar mais bacana.
faça cortes para que o pão respire.
Leve ao forno quente, não gosto de pincelar nada em pão integral, por isso polvilhei farinha branca por cima, você pode usar fubá, fica bem legal.



Quando vejo o pão quentinho saindo do forno minha paixão por cozinhar se iguala ao que sinto de melhor pelas pessoas.

Estava delicioso! 

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

É BATATA!!!

É Batata!

Penso sempre que alguns alimentos são tão ricos e versáteis, que são considerados completos em fatores nutricionais e em execuções diversas de preparos.
A batata para mim faz parte desse grupo de super alimentos, originária dos Andes na America do sul, introduzida na Europa pelos espanhóis, que inicialmente, era somente por curiosidade botânica, e depois de guerras e carência de alimentos, começou a ser consumida por pura necessidade.
Depois disso a batata é uma unanimidade no mundo todo, em varias culturas, e com ainda mais misturas e preparos.

A diversidade de preparo é tanta, que fica ao seu critério fritar, cozer, assar, grelhar, ensopar, enfim de qualquer maneira fica muito bom.
Algumas receitas você deve descascar, no entanto, eu nunca faço isso, gosto do sabor e da crocancia desse elemento nutritivo.
Vou passar lhes uma receita muito simples, mas com sabor inusitado para um acompanhamento de carnes ou o que desejar.

Batatas ao curry indiano.

Primeiro peguei um pedaço suficiente de papel alumínio, 3 vezes maior que o volume de batatas, e com ele fiz um envelope.
Em um bowl, coloquei as batatas cortadas em pedaços grandes, e com as cascas bem lavadas, temperei com sal, pimenta vermelha fresca picadinha, azeite, curry em pó, canela, coentro fresco picadinho, uma pitada de açúcar, e um pote de iogurte natural.

Misture tudo muito bem, e coloque tudo no envelope, leve ao forno por 30 minutos.
Então, quando você abrir o envelope terá uma surpresa de aromas e um toque asiático no seu prato, eu servi essa prato com peixe, mas com frango e carne vermelha também fica ótimo.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Esfiha Pop...

ESFIHA

Desde que me conheço por gente, toda vez que alguma visita vem ate a casa da minha mãe ela faz muitas esfihas, que alem de serem deliciosas, também viram o lanchinho fora de hora pela semana toda.
A massa básica pode ser bem fácil de fazer, primeiro você, vai precisar de fermento biológico, leite morno, açúcar, azeite e farinha de trigo, deixe crescer um pouco.
Vá colocando o restante da farinha aos poucos, com cuidado para que a massa não fique muito seca, deixe dobrar de volume novamente.
Faça bolinhas e reserve.

Quanto ao recheio, você pode usar o que quiser, eu particularmente gosto muito do mais simples, carne moída, e para esse tempere a carne crua com limão, cebola picada,tomates picados, alho se gostar e cheiro verde misturado com bastante hortelã fresco picado, sal e pimenta, e não esqueça muito azeite.

Se quiser fazer esfiha aberta, pegue uma das bolinhas de massa e com o recheio na ponta dos dedos, aperte para abri-la e o recheio aderir.

Se fizer esfiha fechada, abra a bolinha com as mãos coloque o recheio e feche como um envelope triangular, pincele gemas se gostar, mas a tradicional esfiha árabe leva somente uma pulverizada de fubá.

Leve ao forno ate dourar.

Você pode mudar o recheio, se usar frango, este deve estar cozido, já fiz de ricota temperada, legumes, escarola e bacon, enfim invente o seu e divirta-se, ainda não conheço ninguém que não goste desse salgado de forno tão popular.

 


terça-feira, 6 de setembro de 2011

Cara de Pudim!

Cara de pudim

Conheço muita gente que ama pudim, confesso que aquele pudim de leite, com a calda de caramelo, foi tão repetido em casa na minha infância que nem ligo para ele, imagina abrir a geladeira e sempre dar de cara com a mesma sobremesa quase todos os dias, mas meu pai era louco por pudim.
Quando comecei a trabalhar com cozinha, fui um tanto resistente a executar aquela receita tradicional, e então comecei a pesquisar os fundamentos da dita cuja, o que seria mesmo um pudim, claro que sempre tento chegar a uma base, para depois inventar minhas receitas, e descobri, que tudo que você coloca ovo e põe para cozer ou assar em banho-maria, vira pudim.
Só então eu me livrei do preconceito e comecei a inventar pudim de tudo, fui direto ao cítrico e fiz pudim de laranja, depois pudim de banana, pudim de chocolate, pudim de abobora, pudim de nozes, pudim de goiaba, nossa! Da para fazer pudim de tudo.
Muito bem, para que entenda a formula, a base leva 4 ovos, açúcar ou leite condensado, um liquido que pode ser leite e o sabor que você quiser( como frutas frescas ou secas como nozes e castanhas).
Bata tudo no liquidificador, e coloque em forma de buraco no meio (tradicional), ou em forminhas individuais.
Quanto a calda pode ser um caramelo, ou no caso de um pudim de frutas, somente uma forma untada de manteiga polvilhada de açúcar cristal.
O mais legal quando percebe o resultado, você não vai ficar somente com a experiência de um sabor, mas vai querer testar vários outros.



domingo, 4 de setembro de 2011

DIVINO MUNDANO


DIVINO MUNDANO


A gastronomia me da uma liberdade de criação como um artista plástico em sua tela, a escolha vem quase aleatória, gosto de usar o que tenho em mãos para inventar algo que me surpreenda e aos outros principalmente.
As misturas podem vir com ingredientes tão simples, tão comuns, e ao mesmo tempo com outros tão especificamente regionais e culturais.




Pensei num arroz carreteiro para um jantar, mas tudo na receita original me remetia a alimentos que deveriam ser carregados praticamente sem geladeira, rústicos, afinal era comida de quem viaja por ai sem a preocupação de muito pré preparo.
Teria que ser algo que não fugisse muito desse conceito de praticidade por isso pensei na carne de sol, e no queijo de coalho, que você pode levá-los em qualquer lugar por um tempo, sem que se estrague.
Eu sei que arroz carreteiro qualquer caminhoneiro (sem preconceito algum) faz em suas viagens pelo Brasil, por isso, troquei alguns ingredientes para que meu jantar tivesse um pouco de sofisticação e ninguém tivesse que comer agachado ou em marmitinhas de alumínio.
Resolvi usar arroz integral, e melhor, usei o 7 grãos onde alem do arroz cateto, há também, arroz selvagem, trigo, aveia, e outros grãos que me deram a saudável combinação nutricional.
Os outros elementos dessa receita eu fui ao tradicional, porem usei um tanto de cogumelos, que eu tinha aqui na despensa, sem querer abusar nem desperdiçar.
Então passo lhes um ARROZ CARRETEIRO INTEGRAL, sem culpa de nada, preservando o lado cultural do prato, no entanto mostrando que posso criar sobre qualquer maneira de cozer, em qualquer idéia que existir sobre comida.

Primeiro cozinhei o arroz 7 grãos em panela de pressão por 10 minutos, não esperei que secasse por querer usar o mesmo liquido, de água e sal.
Em outra panela refoguei, na manteiga e azeite, cebola, alho, a carne de sol já de molhada e dessalgada, os cogumelos, tomates picados e os temperos desidratados com as especiarias, nesse caso usei cominho, páprica e uma mistura de ervas secas.


Depois de tudo amalgamado, juntei o arroz cozido, o queijo de coalho e todas as ervas frescas, manjericão, muito coentro, salsa e cebolinha, e nessa mistura um pouquinho de pimenta vermelha.



Como não seria diferente, deixei no fogo ate secar o liquido do arroz, abafei a panela e deixei esfriar um pouco para montar um prato legal, combinei tudo com mais azeite e um pedaço de limão que me rendeu elogios pela fusão de acidez e frescor para comer um prato tão rústico.




A montagem ate que ficou bacaninha.
Só faltou mesmo um caminhoneiro para criticar meu prato e claro, lavar a louça suja.